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A mostrar mensagens de janeiro, 2012

É meia-noite, chove e ela não está em casa...

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         Imagina: recusas-te a colaborar nas tarefas da casa porque a escola e todas as tuas atividades te impedem de arrumar as roupas e a papelada da escola, de lavar o prato sujo do lanche e de devolver o leite ao frigorífico! E agora estás por tua conta! Como farias?       Imagina... Imagina: uma mãe que desaparece! Um resgate enviado pelo próprio pai - ela só voltará se os filhos fizerem a cama todos os dias e não deitarem as toalhas molhadas para o chão. Os cinco irmãos reúnem-se e decidem não aceitar a chantagem, e a pobre senhora é encarcerada num orfanato para mães abandonadas. Um romance de aventura, mistério e paixão que retrata, como nenhum outro, a atribulada relação dos pais com os seus filhos adolescentes. E vice-versa...      É este o ponto de partida deste divertido livro de Isabel e Ana Stilwell, mãe e filha que, certamente, terão alguns conhecimentos sobre os atritos domésticos ,como todas as mães e filhos, como em todas as famílias...      Imagina c

Um poema à sexta.

Os dois irmãos Eu conheço dois meninos que em tudo são diferentes. Se um diz: "Dói-me o nariz!" o outro diz: "Ai, meus dentes!" Se um quer brincar em casa, o outro foge para o monte; e se este a casa regressa, já o outro foi para a fonte. É difícil conviver com tanta contradição. Quando um diz:"Oh, que calor!", "Que frio!" - diz o irmão. Mas quando a noitinha chega com suas doces passadas, pedem à mãe que lhes conte histórias de Bruxas e Fadas. E quando o sono esvoaça por sobre o dia acabado, dizem "Boa noite, mãe!" e adormecem lado a lado. Maria Alberta Menéres , Conto Estrelas em Ti , C

Ser Contracorrente...

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Liberdade Ai que prazer  Não cumprir um dever,  Ter um livro para ler  E não fazer!  Ler é maçada,  Estudar é nada.  Sol doira  Sem literatura  O rio corre, bem ou mal,  Sem edição original.  E a brisa, essa,  De tão naturalmente matinal,  Como o tempo não tem pressa...  Livros são papéis pintados com tinta.  Estudar é uma coisa em que está indistinta  A distinção entre nada e coisa nenhuma.  Quanto é melhor, quanto há bruma,  Esperar por D.Sebastião,  Quer venha ou não!  Grande é a poesia, a bondade e as danças...  Mas o melhor do mundo são as crianças,  Flores, música, o luar, e o sol, que peca  Só quando, em vez de criar, seca.  Mais que isto  É Jesus Cristo,  Que não sabia nada de finanças  Nem consta que tivesse biblioteca...                                          Fernando Pessoa, Cancioneiro                 

Convite à leitura I

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Convite à leitura E se um dia lhe viesse parar às mãos um livro cuja ação se passasse em 1961, com personagens chamadas Simão Botelho e Teresa de Albuquerque? Simão e Teresa no século XX? Deve ser engano! Tem razão em achar estranho pois estes são os nomes das personagens do Amor de Perdição , de Camilo Castelo Branco , mas o livro existe e a história é engraçadíssima. Trata-se do romance Espingardas e Música Clássica , de Alexandre Pinheiro Torres (1921-1999), cuja ação se passa em Ribatâmega, nos locais por onde Camilo andou e que retratou nos seus romances. Estamos em plena ditadura de Salazar, a chamada Índia Portuguesa acaba de ser ocupada pelas tropas da União Indiana e a nossa rádio não tinha autorização para noticiar o assunto, passando apenas música clássica. Entretanto, os operários da fábrica do juiz aposentado Tadeu de Albuquerque, pai de Teresa, atreviam-se a fazer greve, sendo necessário chamar a GNR para impor a ordem e prender os agitadores. Adivinham agora quem era o

Passatempo: ganha livros!

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     A propósito deste livro, em reedição, há um passatempo no blogue Viajar pela Leitura , em parceria com a editora Civilização , no link abaixo. Há livros para receber e não custa nada participar. Tens até dia 27 de janeiro.       É só clicar e ir ver o que se passa. Depois, poderás ter a sorte de conhecer a vida de Sofia e seus amigos, típicos adolescentes, com suas aventuras e desventuras, descobertas e amores.  Boa sorte! http://viajarpelaleitura.blogspot.com/2012/01/passatempo-diario-de-sofia-c-aos-15.html

Um poema à sexta.

Segue o teu destino Segue o teu destino, Rega as tuas plantas, Ama as tuas rosas. O resto é a sombra De árvores alheias. A realidade Sempre é mais ou menos Do que nós queremos. Só nós somos sempre Iguais a nós-próprios. Suave é viver só. Grande e nobre é sempre Viver simplesmente. Deixa a dor nas aras Como ex-voto aos deuses. Vê de longe a vida. Nunca a interrogues. Ela nada pode Dizer-te. A resposta Está além dos deuses. Mas serenamente Imita o Olimpo No teu coração. Os deuses são deuses Porque não se pensam. Ricardo Reis

Um poema à sexta.

Há palavras que nos beijam Há palavras que nos beijam Como se tivessem boca, Palavras de amor, de esperança, De imenso amor, de esperança louca. Palavras nuas que beijas Quando a noite perde o rosto, Palavras que se recusam Aos muros do teu desgosto. De repente coloridas Entre palavras sem cor, Esperadas, inesperadas Como a poesia ou o amor. (O nome de quem se ama Letra a letra revelado No mármore distraído, No papel abandonado) Palavras que nos transportam Aonde a noite é mais forte, Ao silêncio dos amantes Abraçados contra a morte. Alexandre O' Neill

Um poema à sexta.

Janeiras Já os três reis são chegados À lapinha de Belém A adorar o Deus Menino Nos braços da Virgem Mãe. Os três reis do Oriente Vieram com grande cuidado Visitar o Deus Menino Por uma estrela guiados. A linda estrela os guiou Até à sua cabaninha Onde estava o Deus Menino Deitadinho na palhinha. Venho dar as Boas Festas As Boas Festas d' Alegria Que vos manda o Rei da Glória Filho da Virgem Maria.  (popular)

E vocês, atrevem-se??

Atrevam-se a ler... aqui ! Há concurso e prémios!

Recomeçar

Recomeça.... Se puderes Sem angústia E sem pressa. E os passos que deres, Nesse caminho duro Do futuro Dá-os em liberdade. Enquanto não alcances Não descanses. De nenhum fruto queiras só metade. E, nunca saciado, Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar. Sempre a sonhar e vendo O logro da aventura. És homem, não te esqueças! Só é tua a loucura Onde, com lucidez, te reconheças... Miguel Torga          A propósito deste recomeço de vida que é o segundo período escolar, desejamos a todos os nossos leitores um feliz 2012, cheio de palavras e livros, cheio de textos, memórias e descobertas, tudo de bom, afinal, num ano já tão mal amado e tão mal fadado... Porque, como diz outro dos nossos poetas, «tudo vale a pena...» e viver vale sempre a pena, descobrir pessoas mesmo ao nosso lado, e palavras num livro ali escondido, mais umas brincadeiras e um pôr-do-sol... digam lá se não encontraremos, ao nosso ritmo, algo que nos agrade neste ainda pequeno 2012?? MJ Monteiro