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A mostrar mensagens de junho, 2013

Um poema à sexta

Há no amor uma qualquer força mortífera Que põe os amantes um contra o outro, Bastará que a libertem; Há no amor uma qualquer força vital Que põe os amantes a favor um do outro, Bastará que a mantenham em cativeiro; Há no amor uma qualquer força inumana Que há-de preservar os amantes De sucumbirem nas margens um do outro, Bastará que a coloquem já onde o amor os não alcança.  Fernando Carita

Professor Fernando Carita - um até sempre a uma alma tranquila

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Um Colega deixou-nos. Um Amigo foi-se embora. Parte dele nunca nos deixará, ficará naquela saudade má, na que não acredita no depois. Era uma alma pura, sincera. Era um Poeta. Dizemos-lhe até sempre. Mais palavras sábias aqui .O  poeta fica também connosco.  Fernando Eduardo Carita (19561 - 2013) 

Um poema à sexta e mais qualquer coisa...

A Minha Filha    (Vendo-a dormir) Que alma intacta e delicada! Que argila pura e mimosa! É a estrela d'alvorada Dentro dum botão de rosa! E, enquanto dormes tranquila, Vejo o divino esplendor Da alma a sair da argila, Da estrela a sair da flor! Anjos, no azul inocente, Sobre o teu hálito leve Desdobram candidamente, Em pálio, as asas de neve... E eu, urze má das encostas, Eu sinto o dever sagrado De te beijar— de mãos postas! De te abençoar — ajoelhado! Guerra Junqueiro, in 'Poesias Dispersas' (porque hoje a minha filha faz anos...)