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A mostrar mensagens de fevereiro, 2013

Imagens com livros 18

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Um poema à sexta...

Encontro Felicidade, agarrei-te  Como um cão, pelo cachaço!  E, contigo, em mar de azeite  Afoguei-me, passo a passo...  Dei à minha alma a preguiça  Que o meu corpo não tivera.  E foi, assim, que, submissa,  Vi chegar a Primavera...  Quem a colher que a arrecade  (Há, nela, um segredo lento...)  Ó frágil felicidade!  — Palavra que leva o vento,  E, depois, como se a ideia  De, nos dedos, a ter tido  Bastasse, por fim, larguei-a,  Sem ficar arrependido...  Pedro Homem de Mello, in "Eu Hei-de Voltar um Dia"

Imagens com livros 17

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Um poema à sexta...

Belo Belo Belo belo belo, Tenho tudo quanto quero. Tenho o fogo de constelações extintas há milênios. E o risco brevíssimo - que foi? passou - de tantas estrelas cadentes. A aurora apaga-se, E eu guardo as mais puras lágrimas da aurora. O dia vem, e dia adentro Continuo a possuir o segredo grande da noite. Belo belo belo, Tenho tudo quanto quero. Não quero o êxtase nem os tormentos. Não quero o que a terra só dá com trabalho. As dádivas dos anjos são inaproveitáveis: Os anjos não compreendem os homens. Não quero amar, Não quero ser amado. Não quero combater, Não quero ser soldado. - Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples. Manuel Bandeira

Imagens com livros 16

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Um poema à sexta...

O peso de haver o mundo O peso de haver o mundo Passa no sopro de aragem Que um momento o levantou, Um vago anseio de viagem Que o coração me toldou. Será que em seu movimento A brisa lembre a partida Ou que a largueza do vento Lembre o ar livre da ida? Não sei, mas subitamente Sinto a tristeza de estar O sonho triste que há rente Entre sonhar e sonhar. Bernardo Soares

Encontro com escritores na escola

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Maria Teresa Maia Gonzalez Na passada terça-feira, dia 29 de janeiro, esteve connosco, na Biblioteca da Escola, em atividade integrada na Semana da Leitura, a escritora Maria Teresa Maia Gonzalez. Escritora  portuguesa,  nasceu  em  1958,  em  Coimbra. Tinha quatro irmãos e a mãe era professora de matemática. Contou-nos algumas coisas sobre si, à medida que os alunos foram dando largas à sua curiosidade. Licenciou-se  em  Línguas  e  Literaturas  Modernas,  na  variante  de  Estudos  Franceses  e  Ingleses,  na  Faculdade  de  Letras  da  Universidade  Clássica  de  Lisboa.  Aos  24  anos  começou  a  dar  aulas  de  Língua  Portuguesa,  atividade  que  manteve  até  1997,  tanto  em  escolas  oficiais  como  em  particulares.  T...

Imagens com livros 15

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Algures em Berlim... 

Um poema à sexta...

Quantas vezes, Amor, me tens ferido? Quantas vezes, Amor, me tens ferido? Quantas vezes, Razão, me tens curado? Quão fácil de um estado a outro estado O mortal sem querer é conduzido! Tal, que em grau venerando, alto e luzido, Como que até regia a mão do fado, Onde o Sol, bem de todos, lhe é vedado, Depois com ferros vis se vê cingido: Para que o nosso orgulho as asas corte, Que variedade inclui esta medida, Este intervalo da existência à morte! Travam-se gosto, e dor; sossego e lida; É lei da natureza, é lei da sorte, Que seja o mal e o bem matiz da vida.