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A mostrar mensagens de novembro, 2014

Onda Pina - poema à sexta

Aos Filhos Já nada nos pertence,  nem a nossa miséria.  O que vos deixaremos  a vós o roubaremos.  Toda a vida estivemos  sentados sobre a morte,  sobre a nossa própria morte!  Agora como morreremos?  Estes são tempos de  que não ficará memória,  alguma glória teríamos  fôssemos ao menos infames.  Comprámos e não pagámos,  faltámos a encontros:  nem sequer quando errámos  fizemos grande coisa!  Manuel António Pina, in "Um Sítio onde Pousar a Cabeça"

Onda Pina - Poema à sexta

Amor como em Casa Regresso devagar ao teu  sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que  não é nada comigo. Distraído percorro  o caminho familiar da saudade,  pequeninas coisas me prendem,  uma tarde num café, um livro. Devagar  te amo e às vezes depressa,  meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,  regresso devagar a tua casa,  compro um livro, entro no  amor como em casa.  Manuel António Pina, in "Ainda não é o Fim nem o Princípio do Mundo. Calma é Apenas um Pouco Tarde"

Lobo Antunes: tenho um medo permanente de isto ter acabado»...

Porque há personalidades que só por serem como são já justificariam uma entrevista... Depois, a forma de escrita... Leiam uma entrevista a António Lobo Antunes aqui . 

São Martinho - lenda e costumes tradicionais

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É no dia onze de novembro, data em que foi sepultado em Tours, França, que se comemora o dia de São Martinho. Fiquem a conhecer a história! São Martinho , ou Martinho de Tours, nasceu em cerca de 316 na  antiga cidade de Savaria, na Panónia , uma antiga província na fronteira do Império Romano, na atual Hungria. Filho de um comandante romano, cresceu na região de Pavia, em Itália, numa família pagã. Criado para seguir a carreira militar, foi convocado para o exército romano quando tinha quinze anos, viajando por todo o Império Romano do Ocidente. Apesar de ter recebido uma educação pagã, foi em adolescente que Martinho descobriu o  Cristianismo . Mas foi só mais tarde, em 356, depois de ter abandonado o exército que foi batizado. Tornou-se discípulo de Santo Hilário, bispo de Poitiers (na zona oeste da atual França), que o ordenou diácono e presbítero, regressando de seguida a Panónia, onde converteu a mãe. Mudou-se depois para Milão, de onde terá sido expulso juntamente com

Para quem comenta «Ah, o Halloween nada tem a ver connosco!»...

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Tradição portuguesa tem muitas semelhanças com o Halloween norte-americano Podem parecer duas coisas diferentes, mas há semelhanças entre o «Trick or treat» e o nosso «Pão por Deus», cada vez mais em desuso. Na região de Leiria e até mesmo na Estremadura, milhares de crianças saem à rua no Dia de Todos os Santos para pedir o «bolinho» ou o «Pão por Deus», uma tradição ancestral que tem algumas semelhanças com o Halloween norte-americano. Nos Estados Unidos, as crianças percorrem as casas dos vizinhos na véspera do Dia de Todos os Santos a pedir doces, mas, em Portugal, essa visita é feita na manhã do feriado, sem conotações sobrenaturais ou ameaças de partidas a quem não tiver nada para dar. Em Leiria, crianças, transportando saco ou mochila, percorrem ruas e ruelas de aldeias, vilas e até cidades, e batem à porta de familiares, vizinhos e desconhecidos, com a tradicional frase: ’Ó tia, dá bolinho?’. Na ausência de bolinho, as ofertas passam por chocolates, re